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  • Carlos Rio

O cabrito é que salvou o dia fotográfico!

Eram 7h30 quando chegamos (eu e o Rui Lemos) ao local que escolhemos para passar o dia a fazer caça fotográfica, no fundo aquele modo de fotografar vida selvagem que mais gozo me dá: procurar, seguir, estudar a melhor estratégia e fotografar! Percorrida já uma grande distância, percebemos que iria ser difícil fotografar alguma coisa de jeito: estar numa área protegida cercados por grande foguetório de cinco em e cinco minutos e claro sempre acompanhados por música que de um lado era o Quim Barreiros, do outro a Mariza, do outro os Abba... tudo isto de forma ininterrupta desde as 7h30 (hora a que começaram as salvas de morteiros a servirem de alvorada).

Mas para piorar entre o foguetório entoavam por toda a Reserva tantos tiros que mais parecia que se estava na Síria.

Para completar o ramalhete ainda tivemos que levar com o pessoal que não sabe visitar uma área protegida, apesar dos avisos bem visíveis, e nem se preocupa em ensinar às crianças como o fazer: correrias e gritos que nem num parque infantil!

Devo dizer que, apesar de tudo, entendo e sei bem como o Minho é fértil em festas e como estes momentos são valorizados pelas pessoas, sobretudo por quem escolhe esta altura do ano para passar férias na sua terra. Quanto ao resto é que continuo sem entender... Mas, já que se estava lá, insistimos e resolvemos andar mais um pouco até um observatório de vida selvagem e deu nisto:


Claro que depois de chegarmos a este pseudo observatório, demos meia volta e fizemos o caminho de volta para o carro... Um pouco desolados, passavam alguns minutos das 10h, lá partimos desta vez para irmos a Lanheses, a um local que eu conhecia com uma bela lagoa enquadrada num bosque muito bonito e com um observatório que permitia observar uma série de aves inclusive o Guarda-rios na lagoa! Ora quando chegamos passamos no local e nem o vimos... Percebi mais à frente que havia qualquer coisa que não estava bem! Viemos para trás e então percebeu-se que o local está infestado de silvas e que do caminho não se vê o observatório. Mas pouco importa porque mesmo que fosse possível transpor aquele mar de silvas até ao observatório, este estava completamente desfeito (uma infraestrutura paga pelos contribuintes, que tinhas painéis informativos e estava muito bem concebido e posicionado naquele local). Mais um desgosto no dia... E por falar em dinheiro gasto pelos contribuintes, gostaria de perceber o que está a fazer esta torre de observação lá na Serra de Arga, na Srª do Minho, naquele preciso lugar e que nos surpreendeu quando lá subimos depois do fracasso fotográfico em Lanheses.

Bem, mas nem tudo foi mau neste dia!

Salvou-se o almoço!!! Um almoço divinal na Restaurante Teresa, local que não perdoo uma vista quando vou a Lanheses, com um Cabrito à Serra d'Arga que estava divinal, e cuja dose (uma) chega para quatro. Mas como só éramos dois, lá se teve que fazer um esforço.


E aqui fica a crónica de mais um dia de fotografia que não foi bem assim...

Fotografia? Pois... Fizemos uma de um juvenil Picanço-barreteiro, sempre muito longe, que nos fez desgastar o almoço ao corrermos de arbusto em arbusto, com ele sempre a fugir, mas que nos atraía dada a sua brancura tão intensa, para nós surpreendente.


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