top of page
  • Carlos Rio

Marguerita, a Raposa da aldeia!




Devo dizer que o nome da Raposa, dado que há pessoas que lhe chamam Margarida e outras que lhe chamam Rita, para facilitar fui eu que inventei!

A Marguerita é uma Raposa que todos os dias, mais ou menos ao fim da tarde, aparece na aldeia de Castro Laboreiro e vai "pedir" comida aos restaurantes, aos cafés e a algumas casas particulares. As pessoas andam preocupadas com ela pois acham que está a ficar demasiado magra e estão tão habituadas a estas visitas diárias que gostavam de fazer alguma coisa para melhorar o que acham ser um estado doente do animal. Não quero falar sobre essas questões que têm a ver com o facto de se intervir ou não, de se alimentar ou não... Sei que as pessoas adoram a Marguerita! Disseram-nos que deveria estar na hora dela aparecer na aldeia e fomos procurar. Logo demos com ela à porta de um restaurante!

Como dali parecia que não vinha nada, a Raposa Marguerita resolveu tentar no outro lado e logo se deslocou pelas ruas da aldeia para outro lado. Resolvemos dar alguma distância e segui-la!

Percebemos que nem sempre usa as ruas da aldeia: por vezes atalha por uns quintais de casas desabitadas!

De vez em quando também vai até aos campos por trás das casas da aldeia e enquanto caminha até ao próximo ponto de pedincha vai caçando uns insectos.

Mais um obstáculo neste atalho até ao próximo restaurante, mas nada que a impedisse de prosseguir.


Ela sabia que a seguíamos e de vez em quando parava e olhava para nós como se estivesse a perguntar "o que querem de mim", mesmo com a distância e o espaço que lhe dávamos.


O António disse: "Pelo que caminho que vai, tenho a certeza que vai aparecer na estrada ao lado da nossa casa!" Confiando na experiência do António lá fomos até casa. Ficamos à porta na conversa com umas pessoas quando uns minutos mais tarde a Marguerita aparece na esquina, conforme o António disse! Ficou parada a olhar para nós quase a pedir para a deixarmos passar a estrada pois estava na hora de ir ao outro restaurante e enquanto isso a Sónia foi buscar algumas fatias de fiambre.

E foi aí que a magia aconteceu para mim que adoro este animal!

Foto de Rui Lemos

Foto de Rui Lemos

Foto de Rui Lemos

Foto de Rui Lemos

Bem sei que, pelo comportamento da Raposa, podia pegar num pedaço de fiambre ou comprar uma asa de frango no supermercado e fazer com que a Marguerita comesse num local com árvores, grandes ervas, uns arbustos, que há ali perto e fazer umas fotos a dar a ideia que fotografei uma Raposa muito selvagem e que foi muito difícil de conseguir tal feito, mesmo que distraidamente deixasse mostrar a asa de peru comprada no supermercado! Mas não, as fotos foram mesmo feitas na aldeia de Castro Laboreiro, onde o animal desde há muito tempo tem este comportamento. Só tive a sorte de a encontrar junto ao restaurante e de a ir seguindo e fotografando até que ela me permitiu, quando passou junto a casa, que a alimentasse. E como esta eu sei que há mais noutras aldeias por esses montes fora! Quem tem coragem de matar um animal destes? Porque têm prazer em matar este animal? Longa vida à Marguerita e bem hajam todos em Castro Laboreiro porque querem vida!


Agradeço ao companheiro Rui Lemos as fotos que me fez e à Just & Nature pela forma como me recebeu em Castro Laboreiro.



bottom of page